Politização da salvação

O Brasil é um país de polarizações políticas. Tudo bem, isso faz parte da democracia. Mas o que temos assistido hoje é uma polarização em torno de um medicamento. Na verdade, em torno de um tratamento, o uso combinado de Hidroxicloroquina, Azitromicina e Zinco para pacientes testados positivo para a Covid-19. A esquerda brasileira é contra seu uso, alegando que não existem estudos suficientes que atestam a eficiência do tratamento. Mas, será mesmo que o motivo é científico?
O que temos assistido em todo o mundo são milhares de relatos de pessoas que se curaram e venceram o vírus chinês, exatamente com o uso do coquetel e algumas variações. Legiões de médicos e cientistas têm se esforçado em declarar apoio ao tratamento. Aqui, no Brasil, essa semana, um grupo de 25 cientistas defendeu o uso da Hidroxicloroquina nas fases iniciais do tratamento da Covid-19. Em carta pública, o grupo ressaltou que a Cloroquina tem se mostrado tão ou mais eficaz do que outros remédios, e que os efeitos colaterais são mínimos se usada na dose correta. O grupo condenou o que chama de “pseudocientistas”, pesquisadores que estariam deturpando a ciência por motivos pessoais e políticos – no caso, para atingir o governo federal e o presidente Jair Bolsonaro.
Sabemos que não existem, ainda, pesquisas definitivas sobre a eficiência da Cloroquina, mas seu uso vem salvando vidas há pelo menos 70 anos no Brasil. Há décadas o pessoal da Amazônia usa a medicação contra a malária, sem necessidade de receita médica. Esses pacientes fazem uso da Cloroquina de forma continuada por anos e não há relatos de efeitos colaterais dignos de nota. O tratamento contra a Covid-19, no entanto, dura apenas cinco dias. E, há quatro anos, uma notícia foi destaque, inclusive em veículos da mídia que faz oposição ao atual Governo, de que a Cloroquina ajudava a proteger fetos contra o Zika Vírus. Ou seja, poderia ser usada por mulheres grávidas sem efeitos colaterais.
O que é lamentável é que parte da sociedade, justamente a que prega a derrubada e o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, se esforça a cada dia em demonizar uma droga segura, há muito tempo usada, e que custa muito pouco, pois nenhum laboratório detém sua patente.
Lamentavelmente, está ocorrendo a politização de um medicamento. Estão levando para o viés político o que pode ser a salvação para milhares de vidas. É triste ver a postura de pessoas que deveriam dar exemplo, como a do ex-presidente e ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva, que soltou a pérola: “ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus!”. Outra pérola saiu da presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a senhora Gleisi Hoffmann. O que ela postou em suas redes sociais, escancarou sua torcida pelo caos e sua aposta no “quanto pior, melhor”. Disse ela: “Midia está otimista c/ queda dos juros, do dólar, subida da Bolsa, expansão do crédito, saques FGTS. A economia pode até crescer, mas ñ p/ o povo. Desemprego continuará alto, renda baixa e preços subindo. O consumo das famílias e do governo indica o q vai acontecer: vôo [sic] de galinha”. É triste a postura de pessoas como Lula e Gleisi, que se declaram “brasileiros”!
O que essas pessoas contrárias ao coquetel de medicamentos precisam entender, incluindo alguns governadores e prefeitos, é que estamos diante de uma ameaça global, uma pandemia que ainda está longe do fim, e que não há tempo hábil para validação científica da eficiência total de um medicamento. Estamos no meio de uma guerra. O tratamento com a Cloroquina é barato e está salvando vidas, inclusive de autoridades ligadas ao movimento “Cloroquina não”, como ocorreu recentemente em São Paulo e no Maranhão. Quando ministrado no início dos sintomas, tem evitado que o paciente chegue a fases mais agudas. Consequentemente, as UTIs não ficam sobrecarregadas e o sistema de saúde não entra em colapso. Afinal, não adianta dar a droga para quem já está entubado e com risco de morte.
Infelizmente, parte da sociedade, induzida por uma mídia tendenciosa e parcial, não percebeu que a pandemia é movida por interesses políticos, financeiros e ideológicos. Tudo bem que a administração da Cloroquina seja opcional. Quem for contra, não tome! Simples assim! Sem hipocrisia!

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